Sabe aquelas versões de músicas em outros estilos?
Houve um boom de clássicos do punk rock em new-bossa pelo Nouvelle Vague...
A Rio Sessions com músicas de 80's, 90's, etc, em new bossa também.
Bob Marley, Stones, Guns'n'Roses, também não ficaram de fora.
Além disso, versões de músicas pop em milhões de outros possíveis estilos, viraram cool e pipocaram na internet nos últimos anos, assim como as mash ups.
Críticas e preferências pessoais à parte, o Rock'n'beats fez o álbum "Is This Indie" com bandas brasileiras, dando seu toque pessoal e suas versões às músicas dos Strokes.
As bandas não são necessariamente de indie-rock - a queridíssima Banda Uó fez uma versão delícia para Last Night, e que eu descrevi no facebook como "Strokes versão eletrobrega inspirado em Odair José, um clipe psicodélico-chroma-key e figurino 90's."
Não conhecia as bandas em nada do tipo e nem quero comentar as performances, ainda que tenha adorado.
O que eu preciso compartilhar mesmo é a necessidade das gerações atuais - isso me inclui, claro - "do tudo ao mesmo tempo agora".
O Pop já não é mais só pop, ele tem a versão rockabilly, por que afinal de contas, 50's é o novo 90's e não faz sentido essa segregação.
Uma banda tão incônica aos anos 2000 não poderia ser deixada de lado, e logo fizeram versões pros hits em indie-rock-brasileiro e entregaram o álbum em mãos ao Casablancas, depois do show de sábado.
E eu nem fico curioso pra saber o que ele achou, por que talvez ele esteja tão fora do contexto em que o álbum foi criado, que não teria tanto sentido, talvez - ainda que o baterista seja brasileiro.. Vai saber!
Existem teorias sociológicas de que o mundo atual funciona como uma rede de linhas de metrô.
As estações seriam as referências, tribos, etc. e nós viajamos sem saber muito bem por onde, de onde e pra onde, afinal o metrô é "invisível". E a cada estação e descemos, pegamos alguma coisa que nos interessa e juntamos ao que antes já havíamos coletado.
Basicamente, ninguém é só "hippie" ou "punk" ou "indie" ou "playboy", etc..
A segregação já é quase impossível devido ao grande número de informações absorvidas ou não, diariamente.
Logo as mash ups, versões musicais, e estilos fazem mais sentido na sociedade contemporânea, do que a insistência por uma identidade musical/fashion ou de estilo de vida puro e sem influências.
É daí que o cool se mistura ao brega e ganha prêmios de música.
É daí que o "Rock In Rio" tem hip hop, axé, pop, soul e rock, e de onde tiveram a ideia genial de unir bandas e cantores nunca antes juntos, no palco Sunset.
E o Marcelo D2 profetizando "hip hop ao samba", faz toda uma cidade como o Rio de Janeiro, venerá-lo.
É daí que surgem os termos aparentemente absurdos e sem sentido de neo-retrô, hippie chic, e onde o Hi-lo toma conta dos editoriais de moda nos últimos anos.
O sagrado e o profano andam de mãos dadas na cultura contemporânea e ninguém sabe ao certo por quê e como isso foi acontecer.
Com todos os possíveis movimentos sociais, onde tudo é cíclico ou melhor, "helicoidal", pode ser que voltemos à segregações sociais, em busca das identidades originais, essências, etc.
Mas antes, ainda tem muito hip-hop-rock-samba pra tocar na sua iVitrola.
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Pra ouvir "Is this Indie" http://www.rocknbeats.com.br/2011/10/31/is-this-indie-bandas-brasileiras-regravam-disco-is-this-it-do-strokes/
E a banda "The Baseballs" também é uma boa pedida pra quem quer ver Rihanna ficar interessante: http://trendcoffee.cc/post/11404817786/the-baseballs
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