Desde que comecei a faculdade, vi que isso piorava. Os alunos, ou melhor, as alunas (já que correspondem a 90% dos estudantes de psicologia)
Não vou nem discutir genialidades e defeitos da teoria, e sim como se portam os tais psicanalistas convictos e profetas e o porquê de falar sobre isso, ainda que possa parecer um momento-divã, visto que sou filho de psicanalista e estudante de psicologia em crise acadêmica-existencial-MOR.
Falo sobre isso porque vejo como muitas pessoas vão mudando 'o jeitinho' de acordo com o que estudam: os Jungianos, Transpessoais e Integrais viram os hippies; os Cognitivistas-Comportamentais, os losers e nerds (no pior sentido da palavra, esqueçam a tendencia NerdPride e lembrem-se de Os Nerds Também Amam) que se acham super descoladinhos; e os psicanalistas, ah os psicanalistas! Se acham absolutos! E não é a toa, ja que é
Teoria elitista insuportável né? Pois é. E os Psicanalistas ADORAM
O ar blasé que beira a onipotência é o que encanta o público. Vejamos alguns fãs dos psicanalistas pra que vocês entendam melhor: Jô Soares, Rubem Fonseca, Woody Allen, Almodóvar, Zuenir Ventura etc etc etc... Digo isso como admirador da tal onipotência e desses admiradores.
A verdade é que na psicanálise rola mais barraco que qualquer concurso de Garota da Lage, mais fofoca que Gossip Girl, e mais intriga que filme adolescente: na teoria com o célebre Freud e seus antigos amigos, e na vida real pela massa histérica de psicanalistas do meio acadêmico.
Então, que fique claro, essa pose trabalhada na 'arrogância cultural' é só até a segunda cerveja, ou melhor, segunda dose de Cutty Sark ou Laphroaig (desculpa gente, vcs não bebem cerveja barata nem ouvem pagode tá?).
E eu? Eu? Lembra da crise acadêmica-existencial? Pois é! Faço a linha malandro-irritado, com uma culpa neurótica sem fim de não fazer o que devo, na faculdade. Além disso, cultuo a inacessibilidade para com meus companheiros de curso, só pra brincar de psicanalista convicto, ainda que me identifique e vá trabalhar com isso um dia. Pronto, fiz meu outting! Afinal de contas quem é que nunca me viu depois de umas doses de uísque?
PS: meu pai é um dos poucos que conheço que só bebe uísque, e é realmente discreto mesmo quando ébrio - porque psicanalista de verdade não fica bêbado, dissolve superego.
Um comentário:
eu sempre soube que eu pertencia a galhera da psicanalista. Rá!
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